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Ozônio no tratamento de água industrial: vantagens e desvantagens

Atualizado: 18 de jul. de 2022

Saiba como funciona a higienização e o tratamento de água industrial com gás ozônio, quais são suas principais vantagens e desvantagens e como aproveitar este tipo de tecnologia em sua indústria


Gerador de ozônio industrial: veja aplicações, vantagens e desvantagens

O gerador de ozônio industrial é uma tecnologia empregada por empesas e indústrias para diversos fins, especialmente para o tratamento da água utilizada em processos produtivos, para o tratamento de efluentes ou para a higienização de equipamentos e ambientes.


Isso porque o gás ozônio é um poderoso agente de desinfecção: destrói praticamente todos os tipos de contaminantes e patogênicos, além de neutralizar cores e cheiros.


Conheça algumas aplicações do ozônio industrial, quais são suas principais vantagens e desvantagens e como aproveitar este tipo de tecnologia em seu empreendimento:


Como funciona o tratamento de água e efluentes com ozônio?


O ozônio (O3) é um gás incolor composto de três átomos de oxigênio. Ele é um dos agentes oxidantes mais poderosos que existem, capaz de destruir organismos diversos como fungos, bactérias, vírus e protozoários.


Em comparação com o oxigênio que respiramos, o ozônio tem um átomo a mais que o torna muito instável. Assim que entra em contato com um patógeno, esse átomo sobressalente se rompe e destrói as paredes celulares do tal patógeno, matando-o instantaneamente.


Além de o ozônio ser extremamente eficiente em eliminar contaminantes, o único resíduo gerado no final desse processo é o oxigênio.


Essa característica o torna uma opção muito atraente para processos de desinfecção industriais, como tratamento de água e efluentes e higienização de superfícies e máquinas.


A título de comparação, outro agente desinfetante comumente utilizado pela indústria para eliminar bactérias e outros patógenos é o cloro. No entanto, ele é muito menos eficaz, além de ter potenciais efeitos nocivos.


Por exemplo, o cloro deixa resíduos na água que podem levar à formação de componentes tóxicos para o ser humano, como halometanos e organoclorados.



Principais aplicações do ozônio industrial


Em empresas e indústrias, o ozônio pode ser usado de várias formas. As principais são:

  • Tratamento da água para uso em processos produtivos ou para eliminar microrganismos, como em torres de resfriamento;

  • Tratamento de efluentes para eliminar contaminantes e odores e/ou para atender a legislação ambiental;

  • Sanitização de superfícies contaminadas e limpeza CIP (“clean-in-place”, técnica utilizada para limpar locais de difícil acesso sem contar com grande desmontagem, como tubos, vasos, equipamentos, filtros e acessórios);

  • Remoção de cor ou cheiro em processos industriais, como na indústria têxtil ou de papel e celulose;

  • Rinsagem de garrafas e embalagens na indústria alimentícia e de bebidas;

  • Higienização ambiental.

Existem ainda outros usos específicos do ozônio para a indústria de alimentos e bebidas e para o agronegócio, como controle de contaminantes e pragas através da aplicação direta em alimentos, degradação de agrotóxicos e detoxificação de micotoxinas.


Este tipo de aplicação, no entanto, exige muito cuidado e estudo. Apesar de ser mais comum em países como EUA, Canadá e Japão, é relativamente novo no Brasil, não havendo legislação específica para regulamentá-lo ainda.


Vantagens e desvantagens da implantação do ozônio na indústria


As principais vantagens do ozônio industrial são:

  • Promove maior destruição de contaminantes e microrganismos do que o cloro e outros desinfetantes;

  • É mais eficiente em temperaturas mais baixas e tem uma ação mais rápida, gerando economia de energia e/ou de água em comparação a outros sanitizantes e biocidas;

  • Pode ser facilmente gerado sempre que preciso, dispensando a necessidade de armazenagem para uso posterior;

  • É bastante seguro em doses baixas.

Já as maiores desvantagens são:

  • Precisa ser produzido na própria planta, o que requer acompanhamento regular de pessoal especializado;

  • Tem custos elevados de implantação e operação, exigindo investimentos às vezes impeditivos para indústrias de pequeno e médio porte;

  • Algumas aplicações exigem estudos técnicos e coleta de dados para ajuste de dosagens a fim de serem declaradas seguras.


O uso de ozônio na indústria é seguro?


Conforme mencionado, o ozônio é bastante seguro se aplicado em doses baixas.


Em altas doses, pode ser prejudicial para seres humanos, particularmente para o sistema respiratório. Alguns dos sintomas que pode causar são tosse, dor no peito, falta de ar e irritações na garganta.


Felizmente, o gás apresenta um cheiro característico em alta concentração, o que ajuda a evitar esses danos. Também se decompõe rapidamente.


No Brasil, a norma regulamentadora NR 15, que dispõe sobre atividades e operações insalubres, pode ser consultada sobre dosagens seguras de ozônio.


Dito isto, há pouco estudo ou orientação específica sobre o uso de ozônio para uma gama de finalidades, especialmente na indústria alimentícia.


A tecnologia da ozonização de alimentos tem aprovação oficial nos Estados Unidos, Canadá, Japão e em alguns locais da Europa.


Apesar disso, pesquisas apontaram cuidados necessários ao utilizá-lo como conservante ou para melhorar as qualidades sensoriais de alimentos, como espécies marinhas frescas, frutas, vegetais e produtos lácteos.


Por exemplo, o ozônio consegue deixar a área industrial de um frigorífico de peixes sem cheiro, mas há o risco de se mascarar um alimento impróprio para consumo.


Outro problema é que a química envolvida nas reações do ozônio em contato com compostos orgânicos naturais é complexa e dificulta a compreensão de muitos de seus potenciais efeitos.


Logo, ainda que bastante seguro para o tratamento de água e efluentes industriais, seu uso em produtos alimentícios requer mais dados e acompanhamento.


Como implantar tratamento de água com ozônio em sua indústria


Usar ozônio em sua indústria não é tão simples quanto comprar um gerador, embora possa parecer.


O primeiro passo é definir a finalidade de uso do ozônio e fazer um projeto adequado para essa demanda junto a uma equipe técnica. Isso inclui análises e estudos da aplicação para o processo específico em que o gás será usado.


Por exemplo, apesar de ser muito utilizado para reduzir a carga microbiana na água ou nos efluentes, a dosagem correta do gás dependerá de uma análise que defina o tipo e a quantidade dos organismos a serem eliminados, além dos parâmetros a serem atendidos.


Pode ser que a sua indústria atenda uma legislação específica que aceita diferentes níveis de microrganismos na água do que outra, ou mesmo exige a esterilização.


A concentração de ozônio também irá variar segundo a capacidade do gerador e outros elementos importantes para a segurança do procedimento, como a ventilação do local e a presença de materiais que reagem com o gás.


O segundo passo é dimensionar e implantar uma estação de tratamento de água (ETA compacta) em função desses fatores diversos, como a qualidade da água bruta, a qualidade desejada da água tratada e a concentração de matéria orgânica.


Tendo em vista todas essas variáveis, fica claro que projetos padrão ou feitos por profissionais pouco qualificados podem passar longe de atender às suas expectativas e até ser pouco seguros.


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Muitas empresas e indústrias precisam ter tratamento de água e efluentes in site, ou seja, na própria planta.


Se você busca um tratamento eficaz ou quer ter uma ETA ou ETE que não gere preocupações com a operação e manutenção, pode optar por um modelo de negócios chamado WAAS (“Water as a Service”).


O WAAS é ideal para aumentar a qualidade e a segurança hídrica de seu negócio, bem como economizar na conta de água.


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